Seleção de Zambia

No dia 12 de Fevereiro de 1993, ocorre uma tragédia com um pequeno país da África, sempre acostumados com a violência e inúmeras guerras civis, além da fome e pobreza extrema, tinham no futebol sua válvula de escape, viam o orgulho de serem zambianos. Sua seleção nacional estava a caminho de um jogo contra Senegal pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 1994, competição essa que tinham grandes chances de serem classificados, pois bem o avião que carregava os jogadores e toda a comissão técnica cai sobre a cidade de Libreville, Gabão, deixando o sonho de ir à uma Copa do Mundo distante.
19 anos depois na mesma cidade de Libreville, o povo zambiano pôde sorrir e se orgulhar de seu selecionado nacional novamente, foi um caminho tortuoso até o título, enfrentando grandes potências do futebol africano como Senegal, Gana até chegar na final, onde enfrentaria a poderosa Costa do Marfim, seleção formada por grandes astros do futebol europeu como Didier Drogba, Kolo e Yaya Touré, Tioté, Gervinho...a partida empata e se inicia a decisão por pênaltis. A equipe treinada pelo francês Hervé Renard já estava fazendo história ao chegar ao final, porém existem coisas que só o futebol proporciona, após Gervinho desperdiçar sua cobrança, o meia Stoppila Sunzu converte e dá ao sofrido povo de Zambia uma das maiores alegrias que poderim ter em meio a tanto sofrimento que já passaram.
São coisas simplesmente inexplicáveis, o futebol é muito mais do que um jogo, me perdoem mas quero que vão a merda aqueles que não gostam de futebol. É algo que dispensa comentários, sim, parar na frente da TV para ver um jogo entre países que não tem nada a ver comigo, vibrar por uma seleção, que no cenário mundial é insignificante, afeiçoar-se pelo time que menos tem chances de vencer, mas dá gosto de ver aquela equipe sem jogadores "estrelinha", que joga unida, que tem noção do que representa para seu país. O que me alivia é saber que não estou sozinho, parabéns a vocês que também são fanáticos por futebol. Viva o futebol, viva o futebol jogado com amor, viva Zâmbia!